segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Outras coisas que fazer no Hotel Peregrino

Era uma vez um menino
Que vivia no Hotel Peregrino,
com um toque feminino,
onde não fazia o pino,
e também não tocava violino.

Um dia, à volta de um berço,
ouviu um concerto,
perdeu o seu começo
mas não se chateou
e o resto da música gozou!

O menino quis experimentar
uma das coisas proibidas tocar.
Mas não parava de desafinar
e não era bom a cantar!

Saiu do Hotel Peregrino
Este tão belo menino
e uma escola frequentou
e bem violino tocou.

Deu muitos concertos
à volta de berços
e não ficou chateado
nem muito menos zangado,
mas sempre muito animado.

(inspirado no poema "No Grande Hotel Peregrino" de Violeta Figueiredo e escrito na toalha de mesa do jantar desse grande evento que foi o "Hey, what's up Doc?" ;-) )

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

A mancha de tinta

Levarei esta mancha de tinta
Para o colorido do arco-iris
Dá-la-hei ao amor!
Abriria para a guardar
As profundezas da verdade.
Depois para o país do sol iria
com campos bordados a verdura.

(a partir do tpc: "Onde guardarias o que te faz lembrar esta mancha?")

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Lágrimas de caranguejo

Eu já vi um caranguejo
que à parede deu um beijo
ficou com a pinça a sangrar
e a mim se foi agarrar
mesmo sempre a chorar
pedindo para o aconselhar.
Eu disse-lhe baixinho
para tomar um banhinho.
Ele não agradeceu
mas um tesouro ofereceu
e não se arrependeu.
Foi com todo o orgulho
e com um pouco de barulho
que abri o meu embrulho.
Era um pedregulho!

(poema escrito na PT enquanto esperava que a mãe acabasse de enviar um mail)

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Ida à praia com o ATL

À praia fui passear.
Ouvi as ondas do mar
a correr, a saltitar
e as conchas a arrastar.

Vi os meninos a chegar,
as mochilas a tirar
para depressa ir nadar.

Depois a tremelicar
nas toalhas a ir sentar
para se aconchegar.

E na hora de regressar
no autocarro a entrar
o banho a ir tomar
e contentes a almoçar.

(poema escrito pela Sofia para declamar na festa de final de ano do ATL)

O país dos oitos

No país dos oitos, um oito pequenino chamado Pedroito, tinha olhos e cabelos pretos.
Ele andava na escola e tinha muitos amigos, todos eles oitos, com cabeças redondas e também corpo redondo. Eles gostavam muito de ser redondos. Mas Pedroito não gostava nada, nada de ser redondo, queria ser quadrangular ou rectangular.
Havia outro país, o dos cubos, onde ia haver uma festa. Lá, precisavam de uma coisa redonda e o chefe disse:
- Vamos convidar o chefe do país dos oitos, já que aí os seus habitantes eram redondos.
Certa manhã, quando o Pedroito ia a caminho da escola, encontrou no chão um convite do chefe do país dos cubos e correu para a escola muito satisfeito pois pensou conseguir realizar o seu sonho de visitar o país dos cubos.
Quando chegou à entrada da escola, tentou avisar a funcionária Anoito:
- Encontrei um convite do chefe dos cubos no chão.
- O que encontras no chão é lixo e além disso se o chefe dos cubos mandou um convite é porque é para o nosso chefe e não para ti, deves estar tolinho.
- Não, não estou e vou prová-lo.
E o Pedroito subiu as escadas em direcção à sala.
Quando chegou à sala o Pedroito tentou avisar a professora daquele estranho convite:
- Encontrei um convite do chefe dos cubos no chão.
- Isso são tolices, toca a trabalhar.
Na hora do intervalo o Pedroito esperou pelos outros amigoitos, saltaram todos pelo portão e foram ao território do chefe do país dos oitos, o chefe Antónioito, e bateram à porta:
- Chefe Antónioito abra a porta!
- Está bem, eu abro.
O chefe abriu e entregaram-lhe o convite.
- Quem viu isto, oitozinhos?
- Eu, eu, chefe Antónioito! – disse Pedroito.
Depois do chefe Antónioito ler o convite e pensar um pouco, Pedroito foi então escolhido para ser a coisa redonda da festa dos cubos, podendo assim cumprir o seu sonho, de ser quadrado nem que fosse por um só dia.
Os seus amigos oitos ficaram muito tristes por não poder ir também e o chefe Antónoito deu ordem para irem à festa.
Eles tiveram uma festa muito divertida.
E o Pedroito aprendeu a aceitar-se como é, e a gostar da sua forma redonda.

(sugestão de redação sobre um número. A Sofia escolheu o número correspondente à sua idade. Este conto foi publicado no diario de Aveiro de 11/06/2010 e foi também encenado pela prof. Cristina e representado na festa de final de ano da escola por todos os meninos da turma.)

sábado, 19 de junho de 2010

Galo Galarim

"Galo, galinho, galão
Estás de castigo: vai para a prisão."

O galo tristinho lá se encaminhou
Na prisão jantou, dormiu e bailou
E no dia seguinte cedo acordou
foi à casa de banho e um banho
tomou,
lavou os dentes a despachar,
e o pequeno almoço foi tomar.
Foi ter com o galo escuteiro,
seu amigo verdadeiro.
Praticou e brincou e ainda almoçou.
À noite, na almofada viu uma fada.
Viu um urso canadiano
que dançava como um tirano.

Quando o galo saiu a alegria foi geral,
o que não era nada anormal.
A mulher desatou a chorar
e deu-lho todo o folar.
O galo ficou contente
e
deu-lhe um presente
para grande satisfação
de toda a população
Não havia nada a temer
o nosso heroi estava ali para proteger.
Era sempre o primeiro
a tocar no limoeiro
a lanchar e a sentar
e depressa a ir brincar.

O galo jantou omolete
e a sobremesa foi sorbete.
Com a galarina foi brincar,
tanto, tanto até desmaiar.

terça-feira, 15 de junho de 2010

O Falcão Robô

Eu vi casas cobertas de doces, uma floresta de lápis com tapetes de livros pelo chão, um pasteleiro a distribuir fatias de bolo de açúcar e outras guloseimas, crianças com lindas roupas bordadas a oiro e carruagens decoradas com joias, marfim, guiadas por um lindo cocheiro.
De repente um robô falcão comeu o pequeno passáro. Então começamos a procurar uma maneira de sair da boca do falcão. O Pedro encontrou uma caixa de ferramentas e começamos a desapertar o falcão e ele caiu ao chão mas partiu-se todo e nós saimos de lá.
Entretanto o dono do robô ficou preocupado e foi à procura dele, consegui encontrá-lo mas estava todo partido, então eu disse-lhe:
- Não te preocupes, nós compramos-te outro.
- Obrigado.

(Sugestão de redação que fosse a continuação da historia da Mariana e do Pedro, dois meninos que encontraram um passarinho no jardim, incluido o leitor como personagem)